Mediante os grandes comentários que circulam na cidade de São Félix, quanto a não participação neste ano do Núcleo Teatral Expressão no espetáculo teatral “Drama da Paixão de Cristo”, a nossa Diretoria, vem a público desmistificar alguns desses comentários.
Soam nas ruas: “o pessoal do Grupo Expressão este ano não receberá dinheiro e, por isso, não quer participar”.
Nosso rebate: Absolutamente nunca, desde o ano de 2006, nenhum integrante do Grupo Expressão recebeu qualquer quantia para participar do citado espetáculo, haja vista termos procurado a Casa da Cultura Américo Simas, voluntariamente.
Soam nas ruas: “o Grupo Expressão não participará da peça este ano porque houve uma mudança de direção e, por o novo diretor não ser bem quisto, decidiram se reservar ao direito de não participar”.
Nossa posição: embora não concordemos com a maneira em que se verificou a troca de direção – agora falamos como eleitores e não como artistas –, não tivemos, até então, quaisquer espécie de antagonismo com o novo diretor. As decisões tomadas pelo Poder Público Municipal, certas ou erradas, são de responsabilidade do próprio Poder Público e, por isso mesmo, pouco nos importa o êxito ou o fracasso.
Soam nas ruas – e desta vez comentário de pessoa (as) de dentro do próprio espetáculo: “O Núcleo recebe dinheiro do Poder Público e, por isso mesmo, têm a obrigação de fazer a peça”.
Nossa resposta: pessoas instruídas que somos e, por assim dizendo, sabedores dos nossos direitos e deveres em todas as áreas da sociedade, não somos dados a pressões de terceiros, sejam eles quem for, influentes ou não, até porque, em vias políticas, quem hoje está em cargo de aparente chefia, amanhã, provavelmente estará relegado a interesses superiores.
Embora confirmemos o apoio irrestrito da Prefeitura Municipal de São Félix, que nos garante, por Lei de Subvenção Social o teto que nos abriga em virtude do próprio imperativo do Convênio do grupo com o Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, não temos nenhuma obrigação de fazer a “Paixão de Cristo”, mas sim, desde quando possamos, colaborar em vias de gratidão com a cultura do município.
Ora, fizemos 99 atividades junto à citada cultura e agora, que por motivos desde há muito deliberados, não poderemos fazer 100, somos ruins? Se estão reclamando que o nosso grupo tem que dar contra-partida à Prefeitura, todas as atividades anuais: eventos, espetáculos, cursos (...) que envolvem grande soma de jovens e até mesmo adultos, não são uma maneira de oferecer contra-partida ao município?
Em suma, essencialmente, o Núcleo Teatral Expressão, ou pelo menos a maioria dos atores que o compõe, não vai estar colaborando este ano neste maravilhoso espetáculo, porque estamos em processo de ensaio de mais outros dois: “A CHEGADA DE LAMPIÃO NO INFERNO” vinculada ao Convênio com a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e “ESPERANDO GODOT”, esta, vinculada à FUNCEB – Fundação Cultural do Estado da Bahia.
Assim dizendo, entenda-se que este ano ficamos sem tempo para ensaiar uma terceira peça, e caso parássemos as nossas, para colaborar com a “Paixão de Cristo”, sairíamos com prejuízo de perfectibilidade relativa às nossas.
Torcemos para o êxito do espetáculo, ainda afirmando estarmos contentes em este ano, por o personagem principal da “Paixão de Cristo” ser um ator negro, que além de muito justo, servirá de teste para a própria sociedade.
Para encerrar, nem eu, Magno do Rosário, nem outro membro do grupo, queremos “os holofotes” sobre as nossas cabeças, como foi comentado maldosamente pelas esquinas, mas sim, ter o direito de trabalhar em paz, tanto quanto oferecemos a nossa paz ao projeto de a “Paixão de Cristo” 2012.
Magno do Rosário
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